Crítica | Mudo
Seguindo a tendência futurística do recente Altered Carbon, a Netflix lança mais uma trama do gênero Cyberpunk. Mudo é a aposta da vez, longa estrelado por Alexander Skarsgård que apesar de sua ambição, não atinge as expectativas.
Dirigido por Duncan Jones, Mudo conta a história de Leo, um homem que após um acidente em sua infância perde a capacidade de falar. Trinta anos depois, ele se torna barman de um estabelecimento no meio da caótica e futurística Berlim, onde vive em função do amor de sua vida. Após o desaparecimento de sua namorada, Leo sai pela cidade para encontrá-la.
Com certeza a busca de um homem mudo em uma cidade sombria seria algo interessante de ser visto, ainda mais quando é preciso se defender dos perigos que estão espalhados na região. Contudo, a trama se perde ao tentar criar uma teia entre os personagens e abusando de diálogos lentos e maçantes.
Alexander Skarsgård é um dos pontos altos do longa, que mesmo dentro de uma trama fraca consegue entregar uma grande interpretação. O ator se distancia de maneira primorosa da posição de homem forte e poderoso. trazendo algo bem diferente de suas participações em dois grandes sucessos da HBO, True Blood e Big Little Lies.
Paul Rudd, e Justin Theroux também estão no elenco como uma dupla de médicos cirurgiões norte-americanos. Ambos prestam serviços para o dono de uma boate e podem ser a ligação que Leo necessita para encontrar sua namorada.
O filme aborda temas importantes como pedofilia e abusos, porém passa por eles de maneira bastante superficial e rápida, o que faz com que ele finalize a sua história sem muito propósito.
Uma curiosidade interessante sobre o filme é que ele foi dedicado aos pais do diretor, dos quais um deles é o grande astro da música e cinema, David Bowie. Além de ser filho de Bowie, Duncan Jones é um diretor conhecido por seus trabalhos em Lunar, Contra o tempo e Warcraft o encontro de dois mundos. Para quem ficou curioso, o filme está disponível na plataforma desde a sexta feira, 23 de fevereiro.