Crítica | Missão: Impossível – Efeito Fallout

Poucas franquias conseguem manter o fôlego (e continuar a nos tirá-lo) após 6 filmes. Mais difícil ainda é conseguir se reinventar, surpreender e manter uma sequência na história. Missão Impossível conseguiu.

Todos os elementos que fizeram da franquia o sucesso de bilheteria e crítica através dos anos estão presentes aqui. Apenas a parte de ação desenfreada e angustiante que fica mais para a reta final, no último terço do filme. Boa parte aqui fica a cargo de história e a parte de inteligência na espionagem. Mas não significa que a ação é pouca ou menos intensa que o de costume.

Como tem sido de praxe pelo menos nos três últimos filmes, Ethan Hunt (Tom Cruise) tem uma cena daquelas de prender o fôlego e que o próprio ator faz questão de fazer, sem dublês, por mais louco e perigoso que seja. Em Protocolo Fantasma ele faz rapel/escalada no prédio mais alto do mundo; em Nação Secreta ele entra em avião em movimento, em pleno vôo; agora, a peripécia é parecida: além de entrar em um helicóptero no ar, ele toma a aeronave, pilota em uma perseguição daquelas, e ainda o joga contra outro helicóptero causando a queda.

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Além desses elementos que já são marca registrada, há perseguições por ruas de grandes cidades do mundo, brinquedos tecnológicos, mulheres belas e poderosas/bad asses, a equipe do IMF sendo perseguida pela CIA (entre outros) e por agentes infiltrados, aqueles disfarces com máscaras e voz que teimam em nos enganar, momentos de desrespeito às leis da física, e claro, a tal missão impossível. Aliás, dessa vez, para concluir a missão, a ajuda da ‘sorte’ aliada aos momentos em que pensamos que a situação simplesmente não pode piorar (e piora) foram exagerados.

August Walker (Henry Cavill) é o personagem responsável pelo também tradicional plot twist. Na verdade, são dois. O primeiro, é bem óbvio e quase desapontante até. Porém, logo vem um novo twist, esse sim, mesmo sendo a cara de Missão Impossível, surpreendente. O ator que não costuma ser muito expressivo consegue fazer o suficiente para o personagem funcionar bem.

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O restante da equipe de Ethan, se resume a seu parceiro de longa data Luther Stickell (Ving Rhames) e Benji Dunn (Simon Pegg). Ambos Ilsa (Rebecca Ferguson), que também volta com sua incógnita personagem e Hunley (Alec Baldwin) têm participação fundamental. Ainda temos a volta de outros personagens com participação importante.

Como dito anteriormente, mesmo em seu sexto filme, Missão Impossível consegue mais do que se manter vivo, consegue ir além, tal qual seu protagonista Ethan Hunt, que além de ser imortal e dormir em uma banheira de formol, parece ter mais fôlego que um jovem cadete na academia da CIA (o personagem dá um pique de cerca de 5km em ritmo intenso, de sapatos. Um recorde!).

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Desde que J.J. Abrams e sua produtora Bad Robot assumiram a franquia, esta parece ter ficado ainda mais divertida e interessante. A impressão que se tem, é que os dois primeiros filmes foram apenas introdutórios, ou pelo menos não tinham histórias necessariamente conectadas. Bem parecido com o que 007 fazia. A partir do terceiro, temos a certeza de que as histórias se entrelaçam, e últimos três são totalmente conectados. Inclusive, se você não assistiu Protocolo Fantasma e Nação Secreta (especialmente esse último), vai ficar um pouco perdido na história.

De toda forma, o filme vale muito seu ingresso e promete te divertir e causar fortes emoções até o fim, justificando todos seus 148 minutos.

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Thiago Amaral

Geek inveterado e consumidor assíduo e voraz de cultura pop. Enquanto não está lutando com a Aliança Rebelde, dá aulas de Inglês. Curte Marvel & DC. Retro Gamer. Conhecido no underground como Pai da Alice.

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