Crítica | Homem-Aranha: No Aranhaverso

Você, fã do Homem-Aranha, está pronto para assistir ao melhor filme do personagem lançado pela Sony? Pois é isso que lhes espera.

Homem-Aranha: No Aranhaverso é a melhor coisa que o estúdio já fez com o personagem (ok, o game lançado em 2018 pode ser colocado lado a lado com esse longa).

O filme é muito divertido, os personagens principais são muito bem trabalhados e tratados, a técnica utilizada para a animação apresenta um resultado lindo de se assistir e o conceito de multiverso é apresentado da melhor forma que isto poderia ser feito.

Além do multiverso, pela primeira vez o personagem Miles Morales é retratado fora dos quadrinhos. E, novamente, dificilmente o resultado poderia ser melhor. Isso sem falar de outros personagens que são importantes na história, como Spider-Gwen (que erroneamente foi traduzida como Mulher-Aranha em alguns momentos, pelo menos na versão legendada).

Havia muito em jogo, era muito arriscado fazer tanta coisa de uma vez. Podia ser muito confuso e não prender a atenção ou causar interesse no público. Ou poderia dar muito certo. O que, felizmente, já está acontecendo onde o filme já estreou e tem tudo para continuar acontecendo por aqui.

A mistura dá certo, em especial, porque o tom de humor e de drama necessários quando se trata de Homem-Aranha estão perfeitamente dosados. A história é muito boa. Há referências e fan-service para fã nenhum botar defeito. Há bons vilões, alguns nunca antes apresentados (ou pelo menos não contra o aracnídeo). Trilha sonora e ‘efeitos visuais’ muito bem escolhidos e executados. Não há nada que possa ser considerado ruim no filme.

Entre as referências, há uma indicação de que o filme pode ser interpretado como uma continuação da trilogia de Sam Reimi. Inclusive, ele brinca e faz uma auto-crítica com isso.

Miles Morales é cativante e carismático. Não fica devendo em nada ao dos quadrinhos e tão pouco fica para trás de Peter Parker. Nos deixa até uma dúvida se queremos uma versão dele em live action ou se é melhor não mexer em time que está ganhando e deixá-lo apenas na animação.

O Peter mais velho também está ótimo como o ‘tutor’ amargurado e desesperançoso de Miles. A Tia May desse universo também é uma versão, no mínimo, interessante. Gwen é tão carismática quanto um ‘par romântico’ tem que ser, mesmo sem sê-lo exatamente e ainda tem tempo para ser badass e não a mocinha que precisa ser resgatada.

Todas as outras versões do Spider-Man de outros universos são interessantes e tem sua importância na história. E se você tiver a chance de assistir à versão legendada, ainda pode curtir a voz de Nicolas Cage como Homem-Aranha Noir, e isso bem legal.

A primeira cena pós-créditos é importante para a continuação da história e a segunda pode ser ou não. Mas o fato é que essa segunda é muito engraçada para quem curte cultura pop em geral e está por dentro dos memes.

Quer uma dica para curtir um cinema nesse início de ano? Vá assistir a Homem-Aranha: No Aranhaverso. Se tiver crianças, leve. Elas vão adorar. Se não tiver crianças, vá com os amigos, com o crush, ou até mesmo sozinho. O importante é ir e se divertir. Dificilmente você vai se arrepender.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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