Capacitor Indica | Fullblast

Jogar na minha casa começou como um ato de família. 16 anos atrás, lá em 2002, observava meus irmãos mais velhos com atenção e ficava vislumbrando por aqueles mundos inéditos e que aparentavam ser extremamente divertidos. Franquias icônicas como Tekken, Tony Hawk’s, Digimon World, Final Fantasy, Nascar, Crash viviam seus anos de ouro, sendo aproveitadas por milhões de fãs. Jogar ao lado de um amigo, ou nesse caso, de um irmão, ainda tinha valor para as editoras e desenvolvedoras. Quase todos os jogos continham componentes que permitiam jogar em tela dividida.

Mas a vida se trata de ciclos e todo ciclo apresenta um começo e um fim. Os gráficos foram evoluindo e o mais importante, a internet foi ficando mais acessível. Não demorou para que as publishers descobrissem novas formas de rentabilizar os jogos, apostando com força no Multiplayer Online. Com o crescimento do Multiplayer via Internet, o famoso co-op local foi se dissipando, afastando tradições como jogar em família.

Em 2017, o saudosismo marcou o agenda setting da indústria de jogos, marcando o retorno de franquias até então esquecidas por meio de remasterizações e remakes. Felizmente, os estúdios voltaram a ouvir o apelo dos fãs e a jogatina em co-op voltou a ser viabilizada. Algumas empresas inclusive se dedicam a construir experiências deste tipo e uma dessas empresas é a Ratalaika Games. Um dos jogos mais recentes da empresa é Fullblast, um shoot-em-up de naves ou o famoso “jogo de navinha”. O game, conhecido como um Shmup, lembra as antigas experiências de arcade dos anos 80, época onde a galera se reunia para disputar quem marcava mais pontos.

A história do jogo é simples. Você é um piloto que precisa impedir uma invasão alienígena na Terra. Ao todo a campanha conta com 12 níveis que duram de 5 a 10 minutos de duração cada. Existe um sistema de missões competente, uma leaderboard, poderes especiais que aumentam a velocidade de tiro ou mudam o formato de tiro e uma trilha sonora com faixas de heavy metal para aumentar a crocância ao explodir os inimigos.

Além de entregar uma experiência simples, porém divertida, Fullblast me proporcionou um momento nostálgico, permitindo que até mesmo meu pai com quase seus 60 anos entrasse na onda e jogasse novamente. Fica a dica para quem procura por uma experiência para reunir a galera, ou um familiar, e explodir tudo que aparece na tela!

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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