88Mph | De Volta Para o Futuro

Dezembro de 1985. Alguns bons/ótimos filmes já haviam sido lançados naquele ano. O Clube dos Cinco, Mad Max – Além da Cúpula do Trovão, Mulher Nota 1000, Os Goonies e Comando Para Matar. Filmes de gêneros diversos e que viriam a se tornar clássicos e referências por muito tempo depois disso.

No Natal, porém, chegava aquele que se tornaria uma referência ainda maior. De volta para o futuro, que havia sido lançado nos EUA em Julho do mesmo ano, acabaria se tornando um filme atemporal (trocadilho/ironia proposital).

Caso você, nosso leitor, não saiba ou não tenha notado até hoje, nosso nome – O Capacitor – é uma referência clara ao capacitor de fluxo citado no filme. Até mesmo o título desta coluna – 88 milhas por hora – se refere à velocidade que precisa ser atingida pelo DeLorean para que a viagem temporal ocorra.

Assim como para nós Doc Brown e Marty McFly se tornaram ícones e inspiração, a obra de Robert Zemeckis e Bob Gale produzida por Steven Spielberg se tornou uma das mais importantes produções da cultura pop.

Usada até hoje como referência para histórias que falam sobre viagem no tempo, De Volta para o Futuro é citada em praticamente todo filme que aborda o tema, desde o mais galhofa até mesmo os que se levam mais a sério. Isso sem falar naqueles que praticamente se baseiam na obra, quase sendo remakes.

Existe até uma página que lista todos os filmes que tem citações e referências/easter-eggs aos filmes da franquia. Um dos mais recentes e importantes a trazer essas referências foi Vingadores: Ultimato. Nessa página dá pra ver todas as vezes em que a obra foi nominalmente citada ou sugerida mais sutilmente.

Há até mesmo quem diga que De Volta Para o Futuro é simplesmente o melhor filme (ou franquia, no caso) já feito. Há uma lista de todas as razões que embasam essa afirmação, citaremos algumas delas.

A inesquecível sequência de abertura

Desde a variedade de relógios até Marty pegando carona em Hill Valley, a sequência de abertura é a introdução perfeita para o filme e Marty como personagem.

Marty McFly é um verdadeiro herói para as idades

O filme inteiro é uma jornada pessoal para Marty, na qual ele aprende a acreditar em si mesmo e prova a aqueles que não acreditam nele, como o Diretor Strickland, por exemplo, estão errados a seu respeito.

A amizade de Doc Brown e Marty é incrível

A princípio, o vínculo desses dois pode parecer estranho: um velho cientista solitário e um jovem estudante. Mas funciona perfeitamente. Dois outsiders que se entendem e confiam plenamente um no outro.

A recriação de Hill Valley dos anos 50 é perfeita

Da loja de discos, posto de gasolina e lanchonete movimentada, aos sons tilintantes de Mr. Sandman tocando ao fundo, é um verdadeiro mimo e cuidadosamente bem caracterizado.

O filme conta com um roteiro excepcional

O roteiro de Robert Zemeckis e Bob Gale não é apenas inovador e inteligente, fazendo malabarismos com várias linhas do tempo e versões de personagens, mas também incrivelmente engraçado. Da confusão de Doc sobre o uso da palavra ‘heavy’ até sua observação astuta, ‘não é de se admirar que seu presidente tenha que ser um ator… ele tem que ter uma boa aparência na televisão’.

As piadas e referências espalhadas ao longo do filme

Embora existam momentos recorrentes espalhados por todos os três filmes, mesmo dentro do filme de abertura há alguns pequenos ‘easter eggs’ maravilhosamente inteligentes. Do começo humilde do prefeito Goldie Wilson ao Twin Pines Mall que ganhou um novo nome após a dramática chegada de Marty.

Marty ‘criando’ o Rock N’ Roll nos anos 50

Toda a sequência do baile é muito divertida, mas a interpretação de Marty do sucesso Johnny B. Goode, de Chuck Berry é sua coroação.

Acho que vocês ainda não estão prontos para isso. Mas seus filhos vão adorar

A sequência final da torre do relógio é de tirar o fôlego

Ele pode ter unido seus pais com sucesso, mas conforme a tempestade se intensifica, Marty ainda precisa voltar para o futuro. O DeLorean não liga e o Doc continua tentando desesperadamente conectar os cabos, e tudo contribui para um final emocionante.

Uma das melhores falas de ‘encerramento’ de um filme

‘Roads? Where we’re going, we don’t need roads’

É claro que se você, como nós, é fã do filme e/ou da franquia) vai achar diversas outras razões para provar que esse é uma das melhores obras cinematográficas já produzidas.

Mas como o objetivo desse texto é apenas homenagear a obra e celebrar seu aniversário de 35 anos, nós perguntamos pra você: o que você mais gosta em De Volta para o Futuro? Por que ele é tão especial e importante até hoje, na sua opinião? E qual seu momento mais marcante?

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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