Capacitor Entrevista | G. J. A. Guimarães, escritora revelação de Salvador
O mundo moderno tem como característica principal os avanços tecnológicos, que moldaram a forma como interagimos com o ambiente. Assim como diversos outros segmentos, a literatura não ficou isenta desse processo.
No meio literário, a tecnologia possibilitou o surgimento dos ebooks – invenção que facilita a vida daqueles amantes dos livros que vivem numa intensa rotina. Deste então, o mundo da leitura, tem se deparado com novos escritores, que vem surpreendendo o público com histórias fantásticas e convincentes. E assim, encontramos, em Salvador, G. J. A. Guimarães (G. G.), escritora do livro My Song.
Confira abaixo, a conversa que tivemos com ela:
O Capacitor – Como surgiu a ideia de escrever? Teve alguma influência?
G.G.: Eu sempre li muito, costumava ler quatro livros por semana. Passei a perceber o que aconteceria nas histórias ainda nos primeiros capítulos e isso me desmotivou a continuar lendo, então resolvi escrever. Decidi escrever colocando tudo o que sentia falta enquanto lia as tantas histórias que costumava ler, e faço isso até hoje. Amava a Anita Blake da Lauren K Hamilton, tanto que o primeiro livro que escrevi tem uma personagem bem semelhante a ela.
O Capacitor – Como foi a recepção de sua família quando você revelou que estava escrevendo um livro?
G.G.: As pessoas não costumam valorizar a escrita, pensam que é um passa tempo, uma brincadeira. Na minha família só começaram a enxergar quando os leitores passavam a dar o feedback, a mandar mensagens, a enviar cartas.
O Capacitor – Quais dificuldades você encontrou no começo da carreira? E para publicar seus livros?
G.G.: No início é tudo muito complicado, este mercado literário é um mercado bem feio, sabe? Daqueles em que uns engolem os outros, que uns querem sobressair mais, essas coisas. A maior dificuldade foi achar pessoas certas para se confiar, para fazer parceria… Até hoje eu não encontrei uma editora certa para se confiar, acredita? Com o tempo e a necessidade, passei a fazer tudo dos meus livros, capas, diagramações, revisões… Isso para e-book e físico. É carreira ‘independente’ e não me arrependo disso.
O Capacitor – Você tem projeto/convite para publicar seus livros na forma impressa?
G.G.: Eu já tive alguns publicados de forma impressa. Publiquei Supremo Alfa e My Song 1 pela finada Editora Percurso – ainda bem que é finada. Depois publiquei a segunda versão de My Song 1 e My Song 2 de modo independente. É complicado quando você faz tudo sozinho, o tempo que teria para escrever está tendo que distribuir entre escrever, fechar arquivo de livro físico, diagramar… É por isso que não me animo para fazer físicos, embora a cobrança dos leitores para isso seja muita.
O Capacitor – Atualmente, tem algum livro novo em produção?
G.G.: Tenho sim! Um livro que estou amando! ‘Entre Mundos’, é um gigantesco passo para mim, é meu primeiro livro de sicify e na terceira pessoa e está sendo surreal escrevê-lo. Ele ganhou recentemente o prêmio Wattys de literatura que é considerado o Oscar dos ebooks.
O Capacitor – Quais são seus sonhos enquanto uma escritora?
G.G.: Eu não tenho muitos sonhos em relação a isso, acredita? As pessoas pensam que é brincadeira, mas hoje não tenho aqueles sonhos megalomaníacos de fama, odeio a palavra fã. Eu amo escrever, faço isso com todo amor que tenho e a melhor coisa sobre isso é alguém que eu nunca vi na vida me parar e dizer: você mudou a minha vida. Isso é surreal, sabe? Eu acredito na escrita como um elemento lúdico, um modificador de vidas.
Para conhecer as obras da autora, não deixem de visitar https://www.gjaguimaraes.com.br/