Westworld | As 4 maiores diferenças entre o filme e a série
Westworld, a nova série Sci-fi da HBO, baseada no filme homônimo de 1973, trata da obsessão da humanidade pela tecnologia e da busca pela inteligência artificial perfeita, nos fazendo questionar a nossa própria realidade.
Westworld tem uma abordagem bem diferente de outras ficções científicas que já vimos antes. Através de sua excelente narrativa, um elenco impressionante e diversas camadas de mistério, a série já conquistou uma quantidade considerável de fãs.
Comparada ao filme original, a série teve o tratamento tradicional da HBO, o que significa mais sexo, violência e uma narrativa atualizada e com momentos mais chocantes.
Os Showrunners, Lisa Joy e Jonathan Nolan, trouxeram uma visão bem diferente da obra escrita e dirigida por Michael Crichton (Jurassic Park). No filme original, a história se passa em 1983.
As obras possuem temas similares, mas ela evoluiu bastante em 40 anos e serão as principais diferenças que pontuaremos aqui.
1 – Mais parques temáticos
O filme original tinha parques com outros temas além do Velho Oeste, onde os hóspedes poderiam visitar pelo baixo valor de US$1.000 por dia.
No mundo Romano na cidade de Pompeia, os hóspedes poderiam aproveitar dos prazeres do antigo império como as casas de banho, os banquetes, as grandes piscinas externas e claro ter escravos para ajudá-los nas menores tarefas.
No mundo Medieval, os hóspedes podiam lutar em justas, se tornarem cavaleiros, lordes, se casarem com princesas, se deitar com donzelas, devorar coxas de frango e lutar com espadas pelos castelos.
Até o momento, a HBO apenas explorou um tema – O Velho Oeste americano. Alguns especulam que a nova narrativa criada por Ford (Anthony Hopkins) e o projeto de construção possam ser a inserção de um novo mundo, mas o produtor de design Zack Grobler diz o contrário.
“Para a primeira temporada, queremos apenas explorar West World. Há conversas sobre as futuras temporadas, se tivermos mais, haverá mundos diferentes. Mas ainda não estamos certos do que será.”
Mas, quando Elsie entrou no teatro escuro do desativado setor 3, sua lanterna iluminuou um canto com estátuas e armaduras romanas. Apesar de poderem ser easter eggs e referências ao filme, isso também pode significar planos para as próximas temporadas.
2 – Não há um criador humano
Esta é uma das maiores diferenças entre o filme e a série.
Até onde sabemos, não há qualquer menção ao Dr. Robert Ford, fundador e diretor criativo de Westworld, nos filmes. Ao invés disso, temos só um bando de cientistas genéricos em laboratórios.
No filme, estes cientistas não criam as máquinas, mas sim computadores, deixando os funcionários um tanto quanto ignorantes quanto ao processo de produção;
“A maioria dele é feita por computadores, nós realmente não temos ideia do que eles são capazes!”
Na série da HBO, Dr. Robert Ford e seu misterioso parceiro Arnold criaram eles mesmo os anfitriões com atenção a todos detalhes. Ford sabe cada detalhe de cada anfitrião de seu parque, o que dá a ele controle completo sobre suas ações, narrativas e programação geral.
Isto é, até que um glitch e ações de terceiros começam a mexer com a programação primordial da primeira geração de anfitriões.
Os anfitriões são muito mais humanos e complexos na série, o que permite dar mais espaço para estes personagens, chegando ao ponto de fazê-los saírem do controle do Dr. Ford.
3 – O Homem de preto não é o Pistoleiro original
Os dois parecem interpretar o mesmo papel, mas na verdade são personagens bem diferentes. Apesar dos dois vestirem preto.
Na esquerda, temos o popular Homem de Preto (interpretado por Ed Harris) da série da HBO e na direita temos o Pistoleiro (interpretado por Yul Brynner) do filme original.
Em um primeiro momento, pensamos que o Homem de Preto seria uma versão atualizada do Pistoleiro, mas Teddy Sears (interpretado por James Marsden) é o novo pistoleiro de Westworld.
O filme original é centrado nas ações do Pistoleiro que foge de qualquer controle e inicia uma chacina no parque. Posteriormente, os outros anfitriões também fogem de controle e colaboram para a matança.
O Homem de Preto da série é totalmente diferente. Até onde sabemos, ele é o rico dono de uma fundação fora do parque. Dentro do parque ele é um homem violento que pratica as mais diversas atrocidades aos anfitriões em uma missão árdua para achar o último nível do jogo – o labirinto misterioso.
Ford e os empregados do parque sabem de suas ações, mas não fazem nada devido ao fato dele ser um hóspede antigo.
A HBO incluiu uma referência ao filme original colocando o Pistoleiro de Yul Brynner no porão do escritório desativado da Delos.
TEORIA: Vou só deixar aqui: Será que Ed Harris poderia ser Arnold, o misterioso parceiro do Dr. Ford?
4 – Pontos de vista
A série da HBO inova em relação ao filme por nos permitir também acompanhar a história sob a perspectiva dos anfitriões. Nós podemos olhar em suas mentes, ver seus sentimentos, ouvir seus pensamentos, tudo de uma maneira muito mais humanizada que as “máquinas” do filme.
A série trata os humanos como seres muito mais selvagens e com desejos sombrios, enquanto os anfitriões se mostram puros e inocentes, quase como crianças, algo no sentido do bom selvagem de Rosseau. Isso faz com que a audiência crie empatia pelos anfitriões.
É quase impossível olhar para Dolores Abernathy (Evan Rachael Wood) e Maeve Millay (Thandie Newton) e enxergar apenas robôs. Para nós eles são como humanos, com a única diferença de serem desligados ocasionalmente pelos funcionários.
No filme, os anfitriões não tem tanto destaque. Os humanos se referem a eles como máquinas e os tratam como simples cafeteiras ou impressoras. O que contribui para que criássemos empatia pelos humanos quando a chacina movida pelos anfitriões começasse.
Falamos mais sobre o filme Westworld e sua obscura sequência, Futureworld há algum tempo. Confira: