Valve reembolsa cliente após reclamação religiosa
Todo mundo já conhece aquele lema de “religião não se discute”. Eu sempre discordei disto, mas não vem ao caso. O importante é que a Valve resolveu devolver a grana de um cliente que se sentiu ofendido em uma das partes de Bioshock Infinite, o último jogo da série. E, como diz a minha avó, isto pode dar pano para manga.
Breen Malmberg, que se diz um cristão devoto, reclamou sobre uma cena logo no começo do jogo onde o jogador deve submeter-se a um batismo para avançar na história.
Em carta, Malmberg diz (em tradução livre):
“O jogador é forçado a fazer uma escolha de extrema blasfêmia em minha religião para poder avançar – e eu fui, consequentemente, forçado (em sã consciência) a parar de jogar e não aproveitar aproximadamente 99% do conteúdo do jogo.”
Apesar de não haver nenhuma cláusula nos termos de serviço da Valve que garanta a devolução do dinheiro em uma situação como esta, a empresa optou pelo bom relacionamento com o seu fã e o reembolsou. O que não garante que ela fará o mesmo com outros clientes. Afinal, o que pode ter de aproveitador em cima dessa desculpa…
O que eu acho de tudo isto? Em primeiro lugar, uma posição muito foda da Valve. Levou em consideração a experiência do seu cliente, independente do motivo que o levou a não gostar do jogo. Quanto ao Malmberg, eu acredito que ele se encontra no seu direito. Apesar de religião ser algo extremamente subjetivo, é algo no que o cara acredita. E se isto o ofendeu, nada mais justo do que reclamar. Assim como alguém pode se incomodar com um conteúdo mais machista, violento, racista ou por qualquer outro motivo. Agora, se isto lhe dá o direito de receber o dinheiro de volta, são outros 500. Vai depender da empresa avaliar o caso e decidir.
E você? Acha justo religião ser motivo para devolver o dinheiro? Não seja tímido e comenta aí!