The Signifier | Review

Desde os primórdios das gameplays, dos filmes, séries e histórias mais mirabolantes que já pudemos ler até hoje, a gente sempre sonha com a tecnologia avançando de uma maneira absurda nas nossas vidas. Isso é um fato. E é o que vemos mais uma vez no jogo The Signifier. É uma explosão de mente atrás da outra (e haja mente nisso)!

The Signifier é um jogo de investigação, com sinceros tons de terror psicológico que não é pra qualquer um. Desenvolvido pela Playmestudio e distribuído pela Raw Fury, o “jojinho” entra bastante no quesito de teorias quânticas para trazer aquele desconforto para o coração e aumentar as discussões na mesa com os amigos.

Você é Frederick Russel, um psicólogo especialista em inteligências artificiais, que utiliza uma máquina que pode scanear a mente do ser humano para suas pesquisas. Nessa máquina, chamada Dreamwalker, é possível acessar o consciente e o inconsciente da pessoa (ou da mente), e é nesse aspecto que o jogo faz você viajar MUITO!

Pra fazer você entender o processo, Frederick vai em busca de solucionar um breve mistério: a morte de uma mulher importante para a indústria de tecnologia, chamada Johanna Kast. Entrar nessa investigação traz para ele muita dor de cabeça, pois ele se encontra entre duas forças que estão em conflito: a TBS, que é uma agência do governo que força você investigar a morte e GO-AT, a maior companhia de tecnologia que Johanna trabalhava.

Neste ponto você já aprendeu os comandos, que são bem simples, e entendeu que a gameplay envolve exploração dos diversos ambientes que fazem você acompanhar e analisar tudo para compreender ainda mais o que se passa naquela história. Agora, o jogo se aprofunda e talvez, comece a ficar meio perdido. No decorrer dessa jornada, as lacunas não vão se completando. Muito pelo contrário! Elas vão se expandindo ainda mais!

Com uma quantidade de micro histórias para tirar sua atenção e tentar você refletir mais ainda sobre consciente e subconsciente, você acaba perdendo um pouco do foco da história e não percebe quando ela dá uma guinada para uma confusão. Particularmente não consegui compreender muito do que foi exposto nem explorar muito, pois, depois que finalizei o jogo, perdi completamente o interesse. Mas por que essa súbita perda de interesses? Bem, pelo simples fato da história acabar abruptamente de uma hora pra outra logo após te dar um soco rápido de reviravolta.

O enredo é cortado muito rápido, deixando brechas enormes de histórias talvez secundárias que completariam todo o entendimento dele. Ok, é uma história de terror, mas isso enfraqueceu muito a riqueza que é apresentada durante a jornada do psicólogo e a sua imersão na mente de outra pessoa. Não é nada absurdo, mas caso você não preste bastante atenção e acompanhe a história, você terá a mesma sensação de não entender muito (talvez forçadamente) o desfecho da história.

A direção de arte do jogo é muito interessante! Por ser um jogo de investigação, cada ambiente força você a vasculhar todos os cantos possíveis e os sons e climas deixam um desconforto muito bom para quem joga. O jogo não tem muita trilha sonora e consegue entregar muito bem no momento certo a soundtrack ideal.

No geral, é um jogo muito interessante para conversar e devanear como sempre fazemos com qualquer filme, série ou jogo com a mesma temática.

O The Signifier está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows e Mac OS