Review | Resident Evil 3

Esperar lançamentos de jogos remakes, principalmente os mais icônicos, nunca é uma tarefa fácil para os amantes de video games hardcore. Ainda mais nessa era onde o hype é facilmente disseminado, o Resident Evil 3 finalmente foi lançado e estamos aqui para falar desse maravilhoso, porém curto, remake.

Caio Corraini 🌊 on Twitter: "acordei já 100% o amoedo… "

Para te prender imediatamente, logo no início da gameplay, o jogo nos leva a conhecer um pouco da vida pessoal da espetacular e poderosíssima Jill Valentine, que, em seu quarto, mantem uma pesquisa minuciosa sobre os experimentos da Umbrella (com inúmeras referências) e paradeiros de alguns dos personagens da franquia. Nos é entregue um pouco mais de intimidade e envolvimento com a personagem, nos mais diversos itens interativos do quarto da heroína.

Para quebrar completamente a calmaria e o seu interesse em saber mais das coisas, Jill recebe uma ligação do seu parceiro da S.T.A.R.S, e, neste instante, Nemesis já aparece amoroso e interessado em destruí-la no modo mais hardcore e impiedoso possível. Você só consegue respirar quando o maravilindo Carlos Oliveira aparece e começa a desenvolver a história do jogo.

Em se tratando de jogabilidade e comparando com o RE2, ela foi mantida no RE3, porém, agora podemos nos esquivar da mesma forma que o jogo de 1999! O que deixa o jogo infinitamente menos difícil e assustador.

“Ah, mas é exatamente assim! O RE2 antigo sempre foi mais dificil do que o 3!”

Concordamos! Mas talvez, um dos, ou “O” vilão mais icônico da franquia, perde monstruosamente o terror que ele causou há anos atrás na primeira versão do jogo.

Claro que melhorias foram feitas! Agora, Nemesis consegue usar os seus tentáculos (“yamete kudasaai Nemesis-kun!”) para subir paredes, escalar prédios e pular entre eles, além de te derrubar enquanto você esquiva e corre dele! Sim! Te derrubar! Nunca dê as costas, caso ele esteja muito próximo de você ou ele vai te impedir de correr! E outra: ele vai correr MUITO atrás de você!

Até aí nós encontramos uma tensão, que tivemos em todos os jogos da franquia, ao enfrentar monstros que correm bastante e que usam o “jump scare” como ferramenta pra atrapalhar seu reflexo. Mas em momento nenhum, o Nemesis conseguiu a faceta do Mr.X (Vilão do RE2) de nos dar medo, receio de avançar, tanto para correr dele com pouco espaço enquanto ele somente anda, quanto marcando o lugar para que você precise enfrentar ele ao passar por ali. E isso decepcionou um pouco.

Sobre a ambientação, não existe motivo para discussão! Baseando-se completamente no jogo anterior, o jogo se passa em 80% dos locais que aconteceram os fatos do RE2, como na história original, mas entrega com louvor as partes e minúcias dos novos ambientes. Contudo, não podemos dizer a mesma coisa da história/enredo.

Um dos problemas que ambos os Resident Evil, tenham, é a falta de história. Muita coisa foi cortada da história principal, como personagens, locais e etc, que ficou parecendo uma DLC grande, sabe? Infelizmente você não vai para a torre do relógio, você não pega o bonde, não tem as seleções de locais para ir (sendo que este último foi avisado pela capcom). Além de não terem cenas emblemáticas que tinham nos jogos dos anos 90. O enredo é divertido, interessante, porém, superficial e rápido. Muita coisa da história, fica somente nos documentos e olhe lá! (Onde está Barry? =( )

Neste jogo, nós já temos trilha sonora. Cada ambiente tem a sua trilha simples e que envolve o jogador na nostalgia. O gráfico é impecável e obviamente é todo montado no RE2, como já batemos na tecla inumeras vezes nessa review, mas é impressionante o que fizeram com o jogo. A Jill, o Carlos e todos os personagens que passaram no jogo, têm um detalhe único que dá muita vida a gameplay e as cutscenes!

Conclusão

Depois de analisar direitinho e jogar mais de uma vez, você perceberá que não é um jogo espetacular que merecia ser. É muito bom, diverte para caramba, tem seu tom de terrorzinho, mas de maneira nenhuma podia ter deixado os detalhes terem passado assim. Talvez, podemos até pensar que essa “nova história” sirva de reboot para toda a franquia! Mas que poderiam rebootar com tudo que já existia, apenas preenchendo as lacunas, poderiam!

Em questão de inovação, realmente nós não temos nada. Mas com Capcom aumentando ainda mais o hype com informações e suposições até do Resident Evil 4 remake, no final de tudo, ao terminarmos o jogo, temos uma conclusão de que essa “era de remakes” faz bem (muito bem, em alguns casos), mas precisa fazer melhor. A Capcom acertou, mas acertou pela metade.

Resident Evil 3 Remake está disponível para PC, XOne e PS4.

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