Review | Nintendo Switch

Poucos consoles despertaram tanta curiosidade como o Nintendo Switch o fez desde o seu anúncio em Janeiro deste ano. O vídeo-game que prometia ser o perfeito híbrido entre um portátil e um console de mesa, parecia ser não só algo desejado por muitos gamers há anos, mas aquilo que muitos esperavam que o Wii U fosse.

Para completar o hype de seu lançamento, o console viria acompanhado do lançamento de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, um dos jogos mais aguardados dos últimos anos. Com isso, completou-se a receita do sucesso, e o Switch em pouco tempo de lançado já beirava o primeiro milhão de unidades vendidas.

Mas será que o Switch é realmente tudo aquilo que os gamers queriam?

O Switch agrada desde os primeiros momentos. A transição entre console portátil e de mesa é algo extremamente natural e parece até mágica. Os controles,, que se acoplam ao console ou ao Joy-Con Grip para criar um controle tradicional tornam o console bastante versátil, inclusive podendo usá-los individualmente, tendo assim dois controles. Para as crianças, ou aqueles que tiverem mãos menores, o controle deve funcionar de maneira perfeita acoplado ao Grip. Já para aqueles que têm mãos mais avantajadas, o controle pode causar certo desconforto no início, mas nada que um pouco de costume não resolva. Já os joy-cons separados, são muito diminutos, e pode ser desconfortável de usar até para aqueles de mãos pequenas.

Como a maior parte dos gamers, o jogo escolhido para experimentar o console foi o próprio Breath of the Wild, não só por ser um dos jogos mais aguardados do ano, mas também por ser a melhor dar escassas opções de jogos que o vídeo-game oferece em seu início de carreira. E devemos dizer que o jogo funciona lindamente no console, na TV e principalmente no portátil. Poder dar continuidade a sua jogatina em qualquer lugar torna a experiência do console incrível.

O conceito pode não ser novidade, já que tanto o Wii U quanto o PS Vita ofereciam algo semelhante, reproduzir o jogo em suas diminutas telas. Entretanto, nenhum fez com a perfeição que o Switch consegue. O Vita para reproduzir o PS4 depende da proximidade do console, ou de uma internet que ainda está para ser inventada, e o Wii U além de depender de uma proximidade ainda maior, acarretava uma perda absurda na qualidade da imagem do game. No Switch a impressão é de que a imagem fica ainda melhor em seu modo portátil.

Contudo, para se firmar no mercado, o Switch ainda precisará passar por alguns desafios. O seu modo online como um todo, seja o modo de adicionar amigos, licença de jogos comprados e matchmaking precisarão abandonar algumas “Nintendices” e se tornar mais práticas e semelhantes ao que já é estabelecido por outros consoles, principalmente pela facilidade. Outro desafio é a sua biblioteca, que necessita urgentemente de novos jogos para manter o mercado girando. Mesmo com jogos excelentes, como Zelda e Mario Kart, o Switch precisa apresentar ainda mais para continuar aumentando a sua base de usuários.

Ainda não dá para falar muito sobre o potencial gráfico do console, devido a baixa quantidade de games disponíveis para testar o console. Mas, a julgar pela beleza de Breath of the Wild, é seguro dizer que apesar de pequeno, o console possui um enorme potencial gráfico. é incrível o que a Nintendo conseguiu fazer com um console de mesa tão diminuto (vale lembrar que o console é a pequena tela, sendo o dock apenas um suporte para transmitir a imagem para a TV).

Outro ponto que muitas pessoas tem acusado como negativo, é o armazenamento do console e a impossibilidade de se acoplar um HD externo ao console. Entretanto, a falta da compatibilidade com HDs Externos é completamente compreensível haja vista a importância que o modo portátil do console tem. O quão prejudicada ficaria sua experiência se junto com o console você tivesse que carregar um HD externo? Cartão SD não é uma solução barata, mas com a possibilidade de compra de cartuchos, a situação não é das piores.

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Com um potencial tremendo e poucos jogos, o Nintendo Switch é um lindo console que oferece uma experiência sólida e completa, seja no modo de mesa ou portátil. Enquanto aparelho, o console já provou o seu valor, resta saber se a sua biblioteca se expandirá para agregar ainda mais valor ou se minguará como seu antecessor. Com a quantidade de franquias na mão da Nintendo, a expectativa é de que o console brilhe com suas produções first parties e, com a alta vendagem do console, as third parties votem suas atenções para este. Rumores sobre um Pokémon nos moldes dos portáteis para o console também devem alavancar ainda mais as vendas, caso seja confirmado.

Seja como for, aguardamos ansiosamente para viver novas experiências no novo console da Nintendo.

 

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