Review | Hammerwatch

Com a evolução dos hardwares, é compreensível que o público demande games cada vez mais refinados e realistas. A cada nova geração, os jogos se aproximam da realidade com gráficos extremamente verossímeis.

Contudo, este nem sempre foi o caso. Durante muito tempo, a indústria dos games se baseava em jogos simples, com gráficos modestos e usando de muita criatividade. Isso, no entanto, não significa que os jogos antigos eram ruins, tampouco que a qualidade dos games só aumentou. Em alguns pontos, é notório que as facilidades da modernidade tornam alguns jogos acomodados.

Indo contra esta maré, Hammerwatch, vem nos lembrar de um tempo onde os jogos eram mais simples e a criatividade – seja do desenvolvedor, seja do jogador – era uma das maiores forças da indústria dos games.

Dungeon Crawler na essência

Desenvolvido pela Crackshell, Hammerwatch é um Dungeon Crawler que resgata os moldes que tornaram o gênero um sucesso. Usando de sua estética retrô, o jogo traz todos os elementos que se espera de um jogo do gênero, adicionando algumas funções modernas que caem muito bem no game.

O jogador pode escolher entre sete classes, Paladino, Mago, Ranger, Warlock, Ladrão, Clérigo e Feiticeiro. A campanha que pode ser jogada em modos single player ou em co-op, online e local, trará diversas dungeons com tudo que um game do estilo tem direito. Enigmas, portas trancadas e chaves escondidas, passagens secretas e muitos, muitos inimigos.

Jogabilidade

Um ponto que pode agradar alguns e desagradar outros está na esquemática de botões. Diferente do que muitos estão acostumado, o game usa os gatilhos para ataque enquanto o analógico direito serve como mira. O formato parece uma mistura de Dark Souls com games como Dead Nation. Para aqueles já habituados, os esquema não deve representar problemas. Contudo, para quem nunca experimentou algo do estilo, o game vai requerer um tempo para se acostumar.

Apesar da esquemática, a jogabilidade flui bem e é bem simples. Como a proposta é um resgate do “Dungeon Crawler Raíz”, as mecânicas são bem simplificadas e a curva de aprendizado é bem otimizada.

Storytelling

Um dos pontos negativos do game é sua história que é pouco desenvolvida. Aqueles que esperam uma trama envolvente que o mantenham intrigados em seguir lutando pelas dungeons, podem ficar um pouco desapontados, já que o storytelling do game não é dos mais interessantes.

Gráficos

Apesar dos gráficos não encherem os olhos dos gamers modernos e apaixonados pela alta definição, Hammerwatch apresenta uma estética bem bonita, usando os pixels. Pensado como um game para rodar em um computador de baixo orçamento, a Crackshell fez um ótimo trabalhando deixando o game coma uma estética bem bonita, especialmente para os fãs de pixels.

Conclusão

Fãs de Dungeon Crawlers, novos ou old school’s, terão uma experiência agradável com HammerWatch. O game consegue divertir por horas, usando de mecânicas conhecidas e resgatando um sentimento nostálgico. Apesar de não ter uma história tão interessante que engrandeça a campanha, o jogo diverte e cumpre o seu propósito.

Hammwerwatch está disponível para PlayStation 4, Microsoft, PC, Xbox One e Nintendo Switch.

Esta review foi feita com uma cópia do jogo para Playstation 4 cedida pela Crackshell.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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