Review | Devil May Cry 5

Não restam dúvidas de que 2019 está sendo o ano da Capcom. Após o lançamento do remake de Resident Evil 2, trazendo de volta tudo aquilo que tornou a franquia um fenômeno na indústria, a empresa resgata Devil May Cry, trazendo elementos que se perderam ao longo de sua trajetória e modernizando com tudo de melhor que a franquia pode oferecer.

Após uma tentativa de reboot lançada em 2013 que, apesar de ter o seu charme, não reengatou a franquia, a Capcom aposta em seu formato anterior modernizando a franquia, a jogabilidade e seu enredo.

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Jogabilidade

Com a possibilidade de jogar com mais de um personagens, sendo ele Dante, Neto e o misterioso V, o game traz um dinamismo há muito não visto no gênero hack n’ slash, que vinha apresentando sinais de desgaste.

Cada personagem possui características próprias e ferramentas, como é o caso do Devil Breaker do Nero.

Gráficos

Assim como em Resident Evil 2, os gráficos de Devil May Cry 5 estão impressionantes. O visual pouco convencional dos personagens combinados com um realismo incrível causa fascínio do jogador em cada cutscene.

Os detalhes mais simples como a barba por fazer de alguns personagens ou a textura da pele são extremamente visíveis e deixam o visual bem realista e impressionante.

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Combate

Já em seus primeiros momentos, Devil May Cry 5 traz sequências de ação absurdas para nenhum fã de games botar defeitos. Recheado de tiros, espadas e monstros, o game é a quintessência do que deve ser um jogo de ação.

Misturado ao visual estiloso dos personagens e da ambientação, toda a ação do game compõe uma obra visual e jogável digna de elogios.

Contudo, um detalhe que permaneceu no game e soa ultrapassado são as barreiras que surgem para fechar a arena de combate. Estas ocorrem em momentos de confronto durante as fases onde temos de permanecer obrigatoriamente em uma área fechada até derrotarmos todos os inimigos. Em um game atual que traz boss fights tão dinâmicas, usar deste subterfúgio sem qualquer motivo pesa na fluidez e sensação de liberdade do game.

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Nero is Back!

Apresentado em Devil May Cry 4, Nero retorna no jogo como uma peça ainda mais proeminente para a franquia. Agora, no entanto, o personagem entra no contexto principal, dividindo o palco com outros personagens, inclusive com o lendário Dante.

O braço mecânico do personagem, o Devil Breaker, tornou-se uma das características mais marcantes do personagem no game. Não entraremos em spoiler sobre sua origem, mas a forma de usá-lo (e exauri-lo) é bem interessante.

História

Sem entregar muito, podemos apenas dizer que o enredo de Devil May Cry 5 é mais amplo e complexo que os anteriores, contando com uma variedade maior de personagens, cada um com seu carisma próprio.

A dinâmica entre estes funciona muito bem e trama segue de maneira envolvente e empolgante, tudo isso misturado a uma jogabilidade frenética e divertida.

Ambientação

Assim como os personagens, a ambientação do game está belíssima. Os cenários são muito bem feitos, em que pese alguns cenários possam parecer meio “mortos”.

Por outro lado, existem momentos que os cenários são arrebatadores e se conectam totalmente com a jogabilidade, especialmente durante as boss fights. Já de início as possibilidades impressionam.

Conclusão

Devil May Cry 5 é uma grata novidade tanto para a franquia quanto para o gênero do hack n’ slash (and shoot). Sem abandonar o seu gênero (Como God of War o fez), o game traz elementos novos ao mesmo tempo que moderniza a jogabilidade clássica. Obviamente, existem alguns poucos deslizes e elementos antiquados, mas nada que tire o brilho do game.

Seja você fã dos jogos anteriores da franquia ou do gênero hack n’ slash, Devil May Cry 5 dificilmente será uma má escolha.

Devil May Cry 5 está disponível par PS4, Xbox One e PC.

Esta review foi realizada com uma cópia do game para PS4 cedida pela Capcom.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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