Review | Call of Duty: Modern Warfare

Uma das certezas da vida é que todo ano teremos um novo Call of Duty. Depois do extremamente criticado e controverso Black Ops 4, a Activision decidiu apostar no retorno às raízes, entregando um reboot de Call of Duty: Modern Warfare, a linha mais amada e cultuada da franquia. Recheada de polêmicas e de realismo, temos o retorno da campanha que tem dado muito o que falar.

Going Dark

Seguindo a linha de clichês da saga, na campanha jogamos como Alex, um agente de campo da CIA, e Kyle Garrick, um Sargento da SAS, as Forças Especiais Britânicas. Ao longo de nossas missões interagimos com o endeusado Capitão Price, um dos melhores personagens de todos os tempos. A campanha gira em torno da união da CIA com a SAS para combater as forças russas que invadiram o país fictício Urziquistão. Todas as missões do jogo foram baseadas em conflitos e operações reais para trazer o tão demandado realismo para a campanha. Todavia, o estúdio moldou alguns acontecimentos para se encaixarem com a história proposta pela narrativa.

Sem dúvidas esta é a história mais brutal, realista e atual da franquia. As representações visuais dos atentados causam pavor e o estúdio chutou o balde, apresentando momentos em que até mesmo crianças são arrastadas para o conflito e precisam reagir para sobreviver. Quem gosta de momentos de furtividade e precisão, certamente irão amar o título deste ano, visto que boa parte das missões apresentam trechos pontuais em que jogamos como gatos na calada da noite.

Chuva de Balas

O reboot também trouxe mudanças substanciais no Multiplayer, o componente mais importante de Call of Duty. Além da alteração drástica na jogabilidade, como o minimapa que não exibe os inimigos sem o Vant, e armas com balísticas mais reais, temos modos de jogo mais extensos como o Ground War, onde duas equipes com 32 jogadores combatem entre si. Apesar do receio da franquia se transformar em um Battlefield da vida, isso não ocorre e o resultado é excelente. Continua sendo uma experiência autêntica de CoD só que em uma escala extremamente maior.

Graças as alterações na balística, movimentação e funcionamento do minimapa, as partidas estão muito mais cadenciadas e o rush frenético que era uma marca registrada do jogo acabou entrando em desuso.

Uma Nova Era

Uma notícia que agradou MUITO os fãs da saga foi a eliminação das odiadas supply drops. Sem mais pay to win, agora, tudo que é conquistado em paralelo ao jogo tem caráter meramente cosmético. Falando nisso, a Activision adotou a nova moda do momento, inserindo o Battle Pass como forma de ganhar itens. De praxe, os jogadores podem optar por obter apenas os itens gratuitos ou pagarem o Passe Premium, conquistando itens exclusivos e de melhor qualidade.

Aliado ao sistema de passes, temos o fim do sistema de prestígio. Agora, após conquistarmos o Nível Máximo, ganhamos níveis de Temporada, liberando o acesso de itens cosméticos da temporada vigente. A empresa já afirmou que cada season terá seus próprios itens e missões, incentivando os jogadores a desfrutarem o título de forma contínua, graças a adição constante de conteúdos variados.

Problemas no Paraíso

Como nem tudo são flores, os fãs ferrenhos da saga estão apontando diversos problemas que têm prejudicado a diversão no modo Multiplayer. Existem diversos gadgets e armas extremamente desbalanceados como a Claymore e a M4A1, fora questões mais pontuais como o volume dos passos e o ato do personagem gritar a localização dos inimigos, muitas vezes entregando a própria posição.

Outra reclamação que vem conquistando tração é a grande quantidade de campers que é incentivada pelo map design realizado pelo estúdio. Quase todos os mapas do MP possuem um número elevado de construções, incentivando os jogadores a se manterem escondidos para surpreender os inimigos.

Apesar dos problemas, o estúdio tem se mostrado atento e proativo em relação as reclamações, realizando diversos ajustes para corrigir os problemas levantados pela comunidade em tempo recorde.

Conclusão

Call of Duty: Modern Warfare é seguramente o melhor jogo da franquia na atual geração de consoles. Com mudanças necessárias, o retorno da campanha, gráficos belíssimos e uma jogabilidade extremamente refinada, a Activision mostra mais uma vez por que Call of Duty é a maior franquia de jogos da Terra.

Esta análise foi feita com um código de Playstation 4 cedido pela Activision

Ruancarlo Silva

Apaixonado por Jogos, principalmente por Indies! Você me encontra lá no Twitter: @ruancarlo_silva

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