Leitura Dinâmica: Jogos Vorazes

Mais uma vez estou explorando os amigos pra escrever aqui, mas como não devo ler essa série mesmo, não tem nada demais… E quem escreve dessa vez é uma amiga que devorou os livros em 3 dias. (ham,ham, vorazes – devorou, sou muito piadista). Bem, vejam o que ela achou!

O primeiro livro da trilogia Jogos Vorazes – cujo nome, surpreendentemente, é Jogos Vorazes – se revela muito fluido e inconstante. A ideia utilizada pela autora é, a primeira vista, inovadora e surpreendente. Afinal, nunca vi um livro que tratasse um massacre infantil de forma tão natural. Mas não é um massacre pelo massacre só, na verdade os Jogos Vorazes são a forma de submissão que a Capital possui para estabelecer poder sob os Distritos. Todo ano um “tributo” adolescente feminino e masculino são escolhidos de cada um dos treze distritos para uma batalha mortal – com somente um sobrevivente.

A história se desenrola em tempos que parecem desiguais. Ao mesmo tempo em que o país Panem (que se localiza no atual EUA) emprega tecnologias surpreendentes e inovadoras – como aerodeslizadores – nele acontecem técnicas meio arcaicas, a exemplo do arco e flecha usado pela protagonista para caça ou o próprio meio de produção essencialmente feudal da maioria dos distritos pobres. De todo modo, a leitura se dá de forma muito dinâmica, rápida e simples. É um livro facilmente apegável, e as aventuras lhe farão desejar terminar o mais rápido possível. Enquanto a trilogia segue, você percebe uma conotação política na história e os problemas que antes passaram despercebidos vem à tona. O livro debate o desejo da transição da submissão à capital para a utópica e almejada República, em uma busca por liberté, egalité, fraternité

Vale citar que no livro há um importante triângulo amoroso, no qual a protagonista impulsiva Katniss se vê obrigada a decidir, no final das contas, quem ela deseja que fique ao seu lado, dos dois meninos que se encaixam perfeitamente à vida dela. Um deles é Gale, um caçador que possuía uma vida muito similar à sua antes dos Jogos Vorazes e possui um temperamento surpreendentemente parecido ao dela: Um típico contestador do sistema, rebelde e com ânsia para lutar. E o outro é Peeta, aprendiz de padeiro, é a personificação da bondade e do caráter e apesar de vir do mesmo distrito que ela, sua história com Katniss antes dos Jogos Vorazes é supérflua/quase inexistente e será explicada ao longo dos 3 livros.

Assim, no terceiro livro da saga, Esperança, a autora fecha a trilogia de forma maestral e trágica (na minha humilde opinião de leitora) sem comprometer a expectativa para o final. Final este que só se deixa claro nas últimas linhas do livro. Até lá, o leitor simplesmente não sabe o que acontecerá com o futuro amoroso de Katniss. E apesar do conjunto da obra ser bom e a trilogia ser criativa e viciante, a verdade é que fiquei um pouco frustrada com o final. Mas ainda assim, recomendo a leitura.

Nota: 

 

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