Leitura Dinâmica: Jogos Vorazes
O primeiro livro da trilogia Jogos Vorazes – cujo nome, surpreendentemente, é Jogos Vorazes – se revela muito fluido e inconstante. A ideia utilizada pela autora é, a primeira vista, inovadora e surpreendente. Afinal, nunca vi um livro que tratasse um massacre infantil de forma tão natural. Mas não é um massacre pelo massacre só, na verdade os Jogos Vorazes são a forma de submissão que a Capital possui para estabelecer poder sob os Distritos. Todo ano um “tributo” adolescente feminino e masculino são escolhidos de cada um dos treze distritos para uma batalha mortal – com somente um sobrevivente.
Vale citar que no livro há um importante triângulo amoroso, no qual a protagonista impulsiva Katniss se vê obrigada a decidir, no final das contas, quem ela deseja que fique ao seu lado, dos dois meninos que se encaixam perfeitamente à vida dela. Um deles é Gale, um caçador que possuía uma vida muito similar à sua antes dos Jogos Vorazes e possui um temperamento surpreendentemente parecido ao dela: Um típico contestador do sistema, rebelde e com ânsia para lutar. E o outro é Peeta, aprendiz de padeiro, é a personificação da bondade e do caráter e apesar de vir do mesmo distrito que ela, sua história com Katniss antes dos Jogos Vorazes é supérflua/quase inexistente e será explicada ao longo dos 3 livros.
Assim, no terceiro livro da saga, Esperança, a autora fecha a trilogia de forma maestral e trágica (na minha humilde opinião de leitora) sem comprometer a expectativa para o final. Final este que só se deixa claro nas últimas linhas do livro. Até lá, o leitor simplesmente não sabe o que acontecerá com o futuro amoroso de Katniss. E apesar do conjunto da obra ser bom e a trilogia ser criativa e viciante, a verdade é que fiquei um pouco frustrada com o final. Mas ainda assim, recomendo a leitura.