Eu vi: O Hobbit – A Desolação de Smaug

Yes, nós já vimos o novo filme do Hobbit! E é ainda com euforia que escrevo essa resenha, pena que outra como essa só daqui a um ano…

Bom, pra começar a sequência dura 161 minutos e mostra cenas como a casa de Beorn, a Floresta das Trevas e a Cidade de Valle, além, é claro, da Montanha Solitária e seu incrível tesouro, guardado pelo seu perigoso “dono”: Smaug!

O filme continua com todos os acertos do primeiro: imagens fascinantes, trilha sonora emocionante e super conectada com as cenas e fidelidade à obra. E antes que venham com os mimimis de que tem muita coisa alí que não tem em O Hobbit, aviso logo que eu aprovei todas as adaptações e por várias razões:

  1. O Hobbit é um livro massa, super legal e tal, mas é um livro infantil, inegável isso. Logo, fazer uma adaptação cinematográfica de um livro infantil cujo público alvo são os fãs de LOTR – adultos nerds que babam nas batalhas épicas – é complicado né?
  2. Como esse filme acontece cronologicamente antes de LOTR e tem fatos que determinam a história que se segue, é interessante fazer um link com a trilogia (afinal, todos os filmes do universo Tolkien foram e estão sendo dirigidos, produzidos e adaptados por Peter Jackson). Só que seguindo fielmente o enredo de O Hobbit não daria pra fazer essa conexão de forma tão legal e explicadinha.
  3. “Mas existe um livro – O Silmarillion– que conta a história da Terra-Média. Por que não deixar pra fazer a conexão com uma adaptação cinematográfica dele?” Simples, o Silmarillion é muuuuito complexo e longo. Conta desde o surgimento da Terra-Média até os Eventos da Terceira Era. Na minha humilde e desentendida opinião, não me parece uma boa ideia levar ele pro cinema.

Então, pra mim é muito melhor fazer uma trilogia das aventuras de Bilbo Baggins que vá além (e conte um pouco mais sobre o ressurgimento de Sauron, a concentração de forças e as atitudes de algumas personagens conhecidas, antes da guerra ser declarada, por exemplo) do que fazer um filminho infantil do Hobbit e completar com outro maçante do Silmarillion, limitando histórias que tem uma qualidade absurda.

Afinal, não é nenhuma novidade que os livros de Tolkien são fodas. O cara teve uma criatividade ilimitada, estudou pra caramba (entre muitas outras coisas, ele foi filólogo, o que significa que a linguagem élfica, feita por ele, não é só um amontoado de palavras esquisitas) e colocou tudo isso de forma lúdica e cativante em seus livros. Cumpriu com louvor a intenção de criar uma “mitologia britânica” e eu me arrependo demais por só ter mergulhado nesse mundo a partir dos 19.

Mas já que isso aqui é uma resenha, tem que falar dos dois lados. Um ponto negativo, pra mim, foi Beorn. Talvez por ser uma das minhas partes favoritas no livro, fiquei meio decepcionada com o modo como eles encontram com o Troca-Peles e, principalmente, com sua caracterização na versão “humana”. E também fiquei pensando se já que eles colocaram tantas coisas novas (e até criaram algumas), poderiam ter colocado um certo personagem muito querido de todos para aparecer, mesmo que só em algum momento bem rápido… pois foi o primeiro filme da franquia que ele ficou totalmente de fora.

Prevejo ainda que algumas pessoas vão reclamar do tempo de filme, mas por mim passava mais algumas horas sentada na cadeira do cinema aproveitando toda essa imersão que Peter Jackson consegue trazer quando trata da Terra-Média.

Afora essas pequenas coisas, dia 13 CORRA pros cinemas pra ver logo esse filme!! Você será presenteado com aranhas assassinas, reino élfico, tesouro, dragão, Pedra Arken e Bilbo Baggins, o ladrão mais querido e mais esperto de toda a Terra-Média (além do Legolas de brinde). E se você ainda não viu Uma Jornada Inesperada não sabe o que tá deixando passar.

Nota: 

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