Eu vi: Homem-Formiga
E curiosamente, para a surpresa de muitos -e com o perdão do trocadilho- Homem-Formiga é um grande filme. Falo isso feliz, não por ser fã do primo distante da Formiga Atômica, mas por ver que ainda podem nos entregar filmes divertidos de heróis e que esse nicho não precisa acabar urgentemente, como algumas pessoas pregam por ai. Pelo contrário, esse filme serviu para me convencer que ainda existem outras histórias a serem contadas.
Com um enredo simples, mas funcional, temos dois tipos de histórias para serem contadas, com uma fachada de fantasia e heroísmo. Uma é a passagem de gerações, representada por Michael Douglas como Hank Pym, Paul Rudd como Scott Lang e Evangeline Lilly como Hope e a outra é “roubo”, tudo isso regado a uma boa dose de humor de fundo, como 11 Homens e um Segredo, mas com um cara fantasiado envolvido.
Acho que é justamente nesse bom equilíbrio entre ação e comédia que o filme ganha o telespectador, afinal ele sabe que não pode se levar muito a sério com um personagem que… bom, controla formigas com o poder da mente. E outro ponto bem legal é como eles criaram uma história que dá uma real importância a esse personagem diferente sem parecer exagerada e que consegue mostrar que ele é sim capaz de grandes feitos, isso tudo mantendo o filme bem conectado ao universo já criado da Marvel. E quando digo conectado é realmente conectado e você aceita que ele fechou a Fase 2 muito bem, com direito até a citações sobre o Homem-Aranha se você ficar atento. Particularmente eu diria que é o filme mais conectado de todos, salvo os próprios filmes dos Vingadores.
Mas é claro que existem pequenas falhas, principalmente em relação a física e biologia da coisa. Não, não é que eu entenda desses assuntos e esteja discutindo a capacidade dele de encolher, mas o filme apresenta algumas regras que ele mesmo quebra em alguns momentos e que não chegam a incomodar, mas fazem você dar uma balançada no ritmo. Ainda assim, garanto que isso não estraga em nada a diversão e sai do cinema com um sorriso leve no rosto, algo que definitivamente é muito bom.
Nota:
P.s.: Tem DUAS cenas pós-créditos e ambas valem a pena.