Crítica | Venom (Sem spoilers)
Todos nós, antigos e atuais amantes do MCU (Marvel Cinematic Universe), demos um voto de confiança à Sony, para que fizesse algo que valesse a pena no filme de um dos anti-heróis mais famosos da história, o Venom. Contudo, infelizmente, não foi isso que aconteceu.
Assistimos ao filme e sinceramente, amigos, não saímos satisfeitos como queríamos. Apesar de divertir, o filme tem diversas falhas.
Vamos aos pontos.
Ao assistir um filme de construção de personagem, você já espera um início um tanto quanto demorado, para que se perceba, analise e sinta os personagens, sejam eles protagonistas ou não. Em Venom, além da edição ser bem estranha, com cortes não muito agradáveis, o primeiro ato do filme é bastante corrido e confuso, deixando a sensação de que os personagens não foram apresentados da maneira correta.
No segundo ato, o filme entrega conflitos fáceis de resolver, sem trama ou reviravolta (sim, o filme é clichê do início ao fim), além de motivações completamente desnecessárias para um personagem que dentro deste universo começa sendo “mau”.
Para piorar um pouco, eles perderam diversas chances de amarrar o enredo com o universo do personagem e relacioná-lo facilmente com os quadrinhos, mas preferiram pegar o caminho mais fácil. Com isso, os fãs dos quadrinhos perdem a oportunidade de se regozijar com conexões que poderiam ser bem interessantes.
Usando de um vilão comum com motivações nada críveis e viradas previsíveis, o terceiro ato traz um desfecho completamente previsível. É literalmente aquele “clichêzão” que deixa você triste por ver o que foi feito, ainda que no final, acabe se divertindo e criando um sentimento de simpatia por tudo o que aconteceu (de alguma maneira misteriosa isso acontece).
Sobre os atores e os respectivos papéis, Tom Hardy como Eddie Brock é o que segura o filme com o seu carisma, ainda que sua atuação oscile por conta do fraquíssimo enredo. O ator ainda conseguiu dar vida a Eddie Brock. Já o seu par romântico, Anne Weying (Michelle Williams), só aparece para ser algo que humanize a simbiose, enquanto Carlton Drake (Riz Ahmed), não é um vilão que te trará medo, especialmente por ser bem substituível.
Venom um filme mediano, que diverte, mas traz muita insatisfação para aqueles que já tinham uma relação prévia com o personagem. Fica agora a torcida para que o personagem tenha o tratamento que merece em uma próxima produção.
O longa estreia no dia 04 de outubro.
E se liguem que tem duas cenas pós créditos, hein!