Crítica | Han Solo: Uma História Star Wars (Sem Spoilers)

Em 1977, quando Star Wars: Uma Nova Esperança chegou aos cinemas, fomos apresentado a Han Solo, contrabandista interpretado por Harrison Ford. Com seu jeito canastrão, o personagem cativou o público e tornou-se um dos maiores ícones da cultura pop de todos os tempos.

Desde a sua primeira aparição, é possível observar que o personagem conta com um longo histórico aventuras. Ao conhecer a Millenium Falcon, isto fica ainda mais exposto ao notarmos as diversas marcas e cicatrizes em cada canto da nave. São histórias sutilmente contadas através dos detalhes, e é sutileza que lhes traz o status de lenda.

Agora, em sua tentativa de expandir o universo da franquia nas telonas, a Disney traz Han Solo: Uma História Star Wars, primeiro filme inteiramente dedicado ao contrabandista. Dirigido por Ron Howard, o filme busca contar uma origem para o personagem, tentando responder perguntas que ninguém fez.

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“Estou montando uma equipe…”

Contrariando as expectativas – e as notícias negativas, a versão jovem do contrabandista, Interpretada por Alden Ehrenreich, é satisfatória. Em alguns momentos o ator consegue emular a entonação de Harrison Ford e em alguns poucos takes é possível forçar uma semelhança.

Além de Ehrenreich, o filme conta com um elenco carismático e bem competente. Woody Harrelson e Emilia Clarke entregam personagens interessantes e que, de certo modo, ajudam a moldar o Han Solo que conhecemos. Contudo, o verdadeiro destaque ficou para Donald Glover como Lando Calrissian, anteriormente interpretado porBilly Dee Williams. Sempre esbanjando carisma, Glover rouba a cena apresentando um Lando ainda mais energético.

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Cada detalhe uma origem

A maior falha em Han Solo, talvez seja a sua ambição em criar uma origem definitiva para o personagem. Tentando forçar momentos que sedimentem pequenos detalhes do personagem, o filme cria alguns momentos grotescos. São estes momentos que se dedicam a responder perguntas nunca feitas que enfraquecem a história do filme, tornando-o um produto pouco autêntico e até mesmo forçado.

Han Solo: Uma História Star Wars é um filme de origem, e estes costumam ser desafiadores. No entanto, fica a questão se existia mesmo a necessidade de se dedicar a uma origem, haja vista que o longo e misterioso histórico de Han Solo é uma de suas características mais interessantes.

Por outro lado, o filme acerta em cheio em algumas histórias, especialmente na forma como origina a “personalidade” dada à lendária Millenium Falcon.

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12 Parsecs!?

Como era de se esperar, o filme é extremamente divertido. Aproveitando bem os seus personagens, especialmente a relação entre Han e Chewie, Han Solo entrega uma aventura empolgante e com toques de humor pontuais e pertinentes.

Ao mostrar alguns dos momentos mais famosos da carreira de Han Solo, o filme prova que o personagem tem peso para ter o seu próprio filme e deixa claro que o que não falta são aventuras.

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Conclusão

Han Solo: Uma História Star Wars não é a tragédia que muitos esperavam. Obviamente, o filme tem problemas, especialmente ao tentar costurar origens tolas para elementos que nunca precisaram ser explicados. Com plot twists previsíveis e pouco interessantes, o filme consegue divertir mas não se justificar.

Vale ressaltar que o filme conta com algumas surpresas que devem agradar a todos os fãs da franquia, especialmente aqueles que a acompanham em outras mídias.

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Han Solo: Uma História Star Wars está em cartaz nos cinemas.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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