Crítica | Demolidor – 3ª temporada
Se você está aqui neste post, com certeza, é pelo fato de você estar procurando informações e opiniões sobre a 3ª temporada de Demolidor. Então, está aqui a nossa opinião: Vá assistir agora! Sem medo, assim como o Demolidor! (Ba dum Ts!)
Mas, caso queira uma opinião para estimular, as próximas linhas podem te dar uma ideia do que te aguarda.
A terceira temporada é absolutamente espetacular e nos desperta diversas emoções. Enredo, atuação, diálogos, trilha sonora, câmeras, temas reais abordados e criações/desenvolvimento de personagens ainda mais profundos, deixam a série muito mais amarrada dentro do universo criado. Dizemos isso, pois, mesmo que tudo tenha sido apresentado e desenvolvido na primeira, segunda e numa quase terceira temporada (entenda como Defensores), tivemos um mergulho ainda mais profundo nessa construção para firmá-la como (talvez) a melhor série de herói já feita.
Mas vamos, lá.
Inspirado na Queda de Murdock dos quadrinhos, o enredo feito para a terceira temporada é muito bem amarrado e explicado de maneira competente. A temporada é envolvida em tramas profundas e relações complexas entre os personagens. A escolha dos atores para essa temporada permanece acertada, e, graças ao roteiro bem escrito, conseguiu entregar excelentes atuações, personagens firmes com backgrounds interessantes e diálogos bem reflexivos. Todos tiveram seu tempo de tela e conseguiram passar da melhor forma o verdadeiro sentimento para o espectador.
A relação entre o protagonista e o antagonista, é tão intimista, envolve você de uma forma tão densa, que mesmo que pareça, ou até seja, previsível, não incomoda, uma vez que as atuações entregam toda a intensidade que os situações demandam. Neste quesito, o crédito vai para Charlie Cox e Vincent D’Onofrio que dividem a cena em diversos momentos da temporada, mas que de forma alguma apagam a chama que Elden Henson (Foggy Nelson) e Deborah Ann Woll (Karen Page) trazem junto consigo. Os diálogos que foram dados a eles contribuem ainda mais para a famigerada construção do personagem, que ainda ocorre de maneira intensa nesta terceira temporada.
A trilha sonora unida ao jogo de câmeras e a fotografia/ambientação, funciona tão bem, que você sente vontade de repetir algumas cenas só pra observar os detalhes. A edição, a produção e a pós produção da série, são dignas de aplausos! Destaque para os 11 minutos de plano sequência em um momento específico da série, que é sem dúvidas uma das coisas mais impressionantes na história da televisão. A cena busca trazer a “tradição” da luta de corredor, mas desta vez ela não só homenageia como consegue superá-la e elevar o nível de tal forma que será difícil superar.
Uma revista em quadrinhos sempre tentou passar algumas mensagens para o seu público leitor, buscando ensinar valores e criar uma consciência que reflita sobre o certo e o errado. A série consegue apresentar isso de forma tão competente quanto o formato original das histórias do herói.
A terceira temporada, sem dúvida, serviu como um aprendizado (pena que tardio) para as séries que foram canceladas. Ainda que a série do Demolidor seja cancelada antes de uma quarta temporada, o herói deixa sua marca e fecha seu terceiro arco de maneira extremamente competente.
Demolidor tem suas três temporadas disponíveis na Netflix.