Capacitor Entrevista | Alex Alcides, jogador profissional de Paladins
O Capacitor teve a oportunidade de entrevistar Alex Alcides, jogador profissional de Paladins, um shooter online do Hi-Rez Studios.
Alex faz parte da equipe Spacestation Gaming, a melhor equipe brasileira do jogo. O time conseguiu se classificar para o Campeonato Mundial e ficou na sétima posição.
Confira as perguntas abaixo:
Capacitor – Pra começar, nos conte sobre sua trajetória, como você virou um Pro Player?
Alex Alcides: Comecei jogando com uns amigos e logo de início vi que tínhamos talento. Como estávamos procurando um jogo pra jogar de maneira competitiva, optamos pelo Paladins. Começamos a treinar para disputar campeonatos, porém, tivemos alguns problemas técnicos envolvendo os computadores de alguns membros. Foi então que recebi a proposta para entrar em um time Top 8 no Brasil. A partir desse momento comecei a construir minha reputação.
Capacitor – Qual a sua rotina e as principais dificuldades enfrentadas?
A.A: A principal dificuldade foi adaptar os treinos a minha rotina. Até então eu estudava a noite e os treinos da equipe também eram a noite, gerando um conflito de horários. Para continuar treinando tive que trocar o turno da faculdade para tempo integral.
Capacitor – Existem muitos jogos no mercado com um cenário forte de E-Sports. Foi difícil entrar no cenário de Paladins?
A.A: Considerando que Paladins estava recente quando comecei, não foi tão difícil. É claro que não deixei de encontrar dificuldades, afinal, já existiam equipes formadas no cenário. O importante é se manter firme e enfrentar as adversidades.
Capacitor – É possível ser um pro player sem estar filiado à uma equipe?
A.A: No Brasil é bem complicado. O salário que os jogadores recebem vem dos campeonatos e das equipes, então, caso não pertença a nenhuma equipe, é impossível receber salário.
Capacitor – Muitos jovens sonham com uma carreira no E-Sport. Você tem alguma dica pra dar a essa galera que está chegando no cenário?
A. A: Primeiramente você tem que acreditar em você, se dedicar, assistir, jogar e treinar bastante. O sucesso não vem da noite pro dia. O caminho é árduo mas acaba compensando.
Capacitor – Recentemente você foi disputar o Mundial de Paladins. Como foi essa experiência? Existe alguma ajuda de custo pros jogadores brasileiros?
A.A: Foi uma experiência diferente de tudo que já tínhamos vivido antes. Até então a gente só assistia os times internacionais e de repente nos vimos jogando contra eles. Enfrentar equipes renomadas como a Fnatic dá um ânimo e a sensação de gratidão, afinal, mostra que nosso trabalho está sendo feito da maneira correta e que está gerando frutos.
Em relação a ajuda de custo, a Hi-Rez custeia tudo, desde as passagens até a nossa alimentação. Nós não pagamos nada no mundial. No geral, essa ajuda de custo vem dos times. Alguns tem e outros não.
Capacitor – Como você enxerga o cenário competitivo de Paladins?
A.A: O cenário ainda está nos estágios iniciais, em desenvolvimento. Acredito que ainda vai se expandir muito. Internacionalmente o jogo tem conquistado uma relevância bacana, mas a realidade do Brasil é bem diferente. É necessário um investimento maior nos times.