Alan Moore te chamou de retardado

Você tem mais de 13 anos e gosta de ler quadrinhos? Você se diverte com os filmes de heróis nos cinemas e adorou o resultado de Vingadores? Pois bem, saiba que para Alan Moore, você deve ter algum problema emocional.

Em entrevista ao The Guardian, Moore falou de forma bem polêmica:

“Eu não leio nada de super-heróis desde que terminei Watchmen. Odeio super-heróis. Acho que eles são abominações. Eles não significam mais o que costumavam significar.

Eles ficavam originalmente nas mãos de escritores que ativamente expandiam a imaginação de seu público, formado por crianças de nove a 13 anos. Eles faziam isso muito bem.

Hoje, os quadrinhos de super-heróis não tem nada a ver com essas crianças de nove a 13 anos. É uma audiência formada geralmente por homens, de 30, 40, 50, 60 anos.

Alguém criou o conceito de graphic novel. Os leitores se agarraram a ele, interessados em uma maneira de validar seu contínuo amor pelo Lanterna Verde ou Homem-Aranha sem parecer de alguma forma emocionalmente subnormal. Eu não acho que o super-herói significa nada de bom.

Acho bastante alarmante ver adultos assistindo ao filme dos Vingadores e se deliciando com conceitos e personagens criados para entreter crianças de 12 anos dos anos 1950.”

O que eu acho? Já disse aqui antes que esse cara tá ficando meio gaga e poderia fazer um texto enorme em resposta a essa baboseira, mas tentando resumir: porque algo foi criado para um contexto, mais de 60 anos atrás, esse algo não pode ser readaptado de forma a atingir não só o público original, como novos públicos?

Então se você envelhece, tem que parar de gostar de certas coisas? Ou pode enxergar elas de outras maneiras e, dentro dessa nova ótica, gostar também?

Pensando que os super-heróis são muito inspirados nos conceitos de heróis clássicos, como os da Grécia Antiga ou em contos medievais, devemos parar de gostar disso também depois que passamos dos 13 anos?

Para quem está escrevendo mais histórias da Liga Extraordinária, ele precisa rever os conceitos dele.

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