Rey possui presença muito mais relevante na nova linha de produtos Star Wars: O Despertar da Força

O movimento #wheresRey (Onde está Rey?), em que fãs de Star Wars mostraram sua indignação ao notarem a falta de brinquedos e artigos de merchandising de Star Wars com foco em Rey, protagonista do novo longa, Star Wars: O Despertar da Força, tiveram ótimos argumentos. Coisas como o pack de bonecos que vinha com dois bonecos genéricos e sequer uma Rey, a mesma sendo deixada de fora do kit da Millenium Falcon, mesmo ela sendo uma das novas pilotas da nave, e a falta de estoque de bonecos e demais itens relacionados à personagem, são reclamações genuínas. Embora o Monopoly de Star Wars que não incluía Rey (Finn está como representante do lado da luz e no “Despertar da Força”, embora o jogo busque representar toda a franquia e não só o último filme) já tinha sido lançado há cinco meses antes que alguém tivesse tido um problema com isso, ele serviu de estopim para a polêmica.

Até J.J Abrams se indignou, dizendo que fez vários telefonemas quando ouviu sobre o desleixo do merchandising com Rey.

Agora, talvez antes do planejado para ser anunciado, o departamento de merchandising da Lucasfilm revelou a segunda leva de produtos baseados em Star Wars: O Despertar da Força, a maior variedade desde o “Force Friday” em setembro de 2015. Alguns fãs podem ver essa atitude como uma reação, não entendendo como funciona o desenvolvimento e fabricação de brinquedos – Estes brinquedos foram completamente planejados antes das polêmicas. A reação pode ter feito com que todos tenham sido anunciados de uma só vez, como uma forma de resposta à todo o alvoroço causado pela falta de produtos relacionados à Rey. Ainda veremos as consequências da polêmica também em uma terceira leva, ainda a ser anunciada.

Dentre os 21 produtos da Hasbro, Disney Store, JAKKS e LEGO, anunciados, 11 contém a Rey. As imagens divulgadas não contém todos os produtos.

Alguns dos destaques já estão nas estantes há quase um mês, desde o lançamento do filme. Eles são mais difíceis de achar, porque os fãs simplesmente tem comprado mais da Rey do que dos outros personagens, é um problema com brinquedos em geral e não com este personagem em específico. Isso pode estar atrelado ao fato de existirem lojas que podem solicitar mais de um personagem ou de outro. No Brasil tivemos a polêmica dos bonecos de Finn estarem sobrando nas prateleiras. No entanto, a campanha do filme até o seu lançamento dava a entender que Finn seria o novo Jedi e, portanto, o novo protagonista da saga, o que pode ter gerado por parte dos vendedores um pedido em maior escala deste personagem, que acabou por não ser o Jedi, embora ainda fosse um personagem brilhante. Até que ponto o excesso de Finn nas prateleiras é de fato preconceito e até que ponto foi por conta de um pedido exagerado dos vendedores? Ressaltando, que somente uma série do boneco ficou nas estantes, a versão menor vendeu muito bem.

Situações como essa mostram que o mercado precisa cada vez mais se aproximar de seu público e entender o que de fato eles querem. Estamos no século XXI, e as pessoas não mais guardam sua indignação, elas fazem barulho, elas cobram o que lhe julgam ser de direito. Estamos na era do “falar e escutar”, a Lucasfilm escutou e fez um filme cheio de representatividade, com um roteiro moderno e com respeito aos filmes antigos. Falta seu setor de merchandising aprender a mesma diretriz. O primeiro passo foi dado.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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