Game of Thrones | Dragão de Gelo ainda não está confirmado

Aviso: Contém spoiler dos episódios já exibidos.

Obs. Este artigo pode tornar-se obsoleto após a exibição de episódios posteriores.

Uma das cenas mais chocantes de Beyond the Wall (Além da Muralha), sexto episódio da sétima temporada de Game of Thrones, foi a morte e “ressurreição” (Por falta de melhor termo) de Viserion pelas mãos do Rei da Noite. Em um golpe provocado por uma lança atirada pelo líder dos Caminhantes Brancos, o dragão desce em um misto de dor e explosão até atingir o solo e afundar nas águas do rio congelado. Contudo, ao final do episódio, o finado dragão é trazido de volta para fortalecer o exército dos mortos que cada vez mais se aproxima do sul da Muralha.

Após o emocionante acontecimento, o público explodiu em reações mistas e tudo que se falava era sobre o Dragão de Gelo, que sempre foi uma teoria existente no fandom d’As Crônicas de Gelo e Fogo, mas que nunca fora comprovada. E ainda não foi o que aconteceu.

Antes de qualquer coisa, é bom deixar claro que toda e qualquer menção ao Dragão de Gelo nos livros e na série nunca se referiu a um dragão ressuscitado, mas sim a uma criatura viva. Em alguns momentos dos livros, o dragão de gelo é citado como uma lenda e na própria série da HBO ele já fora mencionado como uma lenda contada pela Velha Ama.

O mito do Dragão de Gelo originou-se do conto escrito por George R.R. Martin, entitulado O Dragão de Gelo, que, segundo o autor, não possui qualquer relação com o universo das Crônicas de Gelo e Fogo. O conto fala sobre Adara, uma criança que nascera durante o inverno e que sempre foi apaixonada pelo frio, e sua relação com um dragão de gelo que sempre aparecia durante os invernos.

Apesar das obras não estarem relacionadas, existem alguns pontos semelhantes que levaram os fãs a teorizar sobre a existência desse dragão na trama da saga. Coisas como “As Terras de Sempre Inverno”, fizeram alguns acreditar que o conto do Dragão de Gelo pudesse ser uma lenda do universo de Game of Thrones. Uma das possibilidades mais consideradas para a aparição da criatura era a teoria de que o Dragão estivesse adormecido dentro da Muralha e que ao soarem o Berrante de Joramun, o grande muro cairia e a criatura despertaria. Entretanto, as coisas aconteceram de forma diferente na série.

Com o despertar de Viserion, todos assumiram que o Dragão ressuscitado seria o “esperado” Dragão de Gelo, prontamente atribuindo a este a confirmação da famosa teoria. No entanto, nada disso está comprovado. Se levarmos em conta que Dragão de Gelo é uma criatura VIVA que habita a mitologia de Westeros, fica claro que um dragão zumbi não seria necessariamente este famigerado dragão.

Outro ponto a se destacar é que ainda não se sabe se o dragão cuspirá gelo como os dragões vivos cospem fogo, uma vez que sua constituição biológica sempre favoreceu a criação do fogo e a magia do Rei da Noite pode não alterar isso. Por conta disso, o que poderia fazer mais sentido é que o dragão cuspisse fogo. Entretanto, como o Rei da Noite atua por mágica, podemos esperar qualquer coisa sem precisar se importar muito com a anatomia da criatura.

Vale ressaltar que a série até aqui separou o que é um dragão de gelo e o que é um dragão zumbi. Até o momento temos um dragão zumbi que pode ou não cuspir gelo e não um dragão que é uma criatura viva que habita as terras de sempre inverno, como diz o conto de Martin. Então, ainda que a versão zumbi de Viserion tenha gelo como elemento, este não é o Dragão de Gelo que tantos falam.

Obviamente, tudo isso pode soar como preciosismo, uma vez que se o dragão morto-vivo cuspir gelo ele poderá ser chamado de Dragão de Gelo. No entanto, para os fãs mais xiitas, o termo Dragão de Gelo seria algo aplicado erroneamente ao Viserion ressuscitado. Dragão Zumbi é uma coisa, Dragão de Gelo é outra.

De todo modo, os próximos episódios podem refutar tudo isso e tornar este texto obsoleto, como dito no início.

Game of Thrones está sendo exibida aos domingos no canal pago HBO.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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