DC Comics anuncia graphic novels para crianças

Nem só de trailers de filmes se fazem os intervalos no Super Bowl. A DC Comics também teve um anúncio no meio do evento: a empresa está lançando duas novas graphic novels destinadas diretamente aos pequenos leitores.

DC Ink e DC Zoom trarão histórias com base em personagens da DC, alguns destes grandes nomes no mundo de jovens adultos, todos direcionados diretamente aos pequenos leitores. DC Zoom assumirá o mercado de “grau médio” de 8 a 12 anos de idade, enquanto a DC Ink publicará livros para o leitor adolescente.

Meg Cabot, autora de O Diário da Princesa, escreverá Black Canary: Ignite para DC Zoom, enquanto Melissa de la Cruz, autora de As Feiticeiras East End, está escrevendo Batman: Gotham High para DC Ink. Mas, de acordo com o New York Times, a DC Ink iniciará com uma história de Harley Quinn contada por Mariko Tamaki (Supergirl: Being Super) e pelo artista Steve Pugh (Animal Man, Preacher: Saint of Killers), além de uma história sobre Mera, a futura rainha da Atlântida, escrita pela autora Danielle Paige.

Isso recolocará a marca em um lugar forte para capturar novos leitores em busca de mais material após terem curtido os filmes recentes do DCEU, especialmente à época do filme do Aquaman deste ano. Os primeiros livros são focados nas mulheres, refletindo as tendências gerais no mundo dos livros para o público chamados YA (Young Adults, ou Jovens Adultos, mais conhecido por aqui como infantojuvenil), mas Michele Wells, vice-presidente de estratégia de conteúdo da DC, enfatizou ao New York Times que as linhas teriam abundância para todos os tipos de leitores .

Gene Yang, criador das premiadas novels American Born Chinese (chamada O Chinês Americano no Brasil) e Boxers and Saints, que atualmente vem escrevendo o Novo Superman na DC Comics, está trabalhando com o DC Zoom em Superman Smashes the Klan. No momento, não se sabe nada sobre esse título, mas dada a inclinação de Yang para contextualizar fatos históricos reais de forma muito modernas, é fácil especular que Superman Smashes the Klan irá, pelo menos, se referir ao “Clan of the Fiery Cross” um arco 1946 da série de rádio The Adventures of Superman. Escrito com a consulta de um ativista de direitos humanos que se infiltrou no Ku Klux Klan da pós-guerra, o arco obteve excelentes notas da crítica ao longo dos tempos, enquanto trivializava os rituais do grupo de supremacia branca e, obviamente, encontrou sua derrota pelas mãos do Superman. Os historiadores consideram que o show teve um impacto negativo considerável no  recrutamento de novos membros da KKK na época.

Diane Nelson, presidente da DC Entertainment e presidente da Warner Bros. Consumer Products, também citou uma volta às origens dos quadrinhos de super-heróis de quadrinhos em um comunicado de imprensa.

Os primeiros quadrinhos criados décadas atrás foram para crianças“, disse ela, “e, à medida que o negócio evoluiu e amadureceu, tornou-se mais focado em leitores adultos. DC Ink e DC Zoom apresentam uma nova e excitante oportunidade para expandir nosso negócio de publicação e garantir que as adoradas histórias construídas em torno de personagens icônicos como Superman, Batman e Mulher Maravilha sejam também adoradas na fase da infância nos próximos anos“.

A DC percebeu o alcance que encontrou no mercado de livros para jovem adultos há vários anos. A linha de brinquedos e mercadorias da DC Super Hero Girls também mostra força de sua linha de quadrinhos associados aos leitores de nível médio, que tem vendido de acordo com as expectativas da editora desde a sua criação, e agora ficará sob a marca DC Zoom.

DC Super Hero Girls: Finals Crisis foi o nosso número 2 em unidades [em 2016], ficando atrás apenas de A Piada Mortal“, disse o vice-presidente de vendas da DC ao Hollywood Reporter em Julho passado. Há um grande número de pais que adoram os personagens da DC Comics e estão comprando livros da DC Super Hero Girls para compartilhá-los com seus filhos – e eles estão prestes a obter mais opções. Os primeiros títulos da DC Ink e DC Zoom serão lançados no outono de 2018 nos EUA, de acordo com um comunicado de imprensa.

Thiago Amaral

Geek inveterado e consumidor assíduo e voraz de cultura pop. Enquanto não está lutando com a Aliança Rebelde, dá aulas de Inglês. Curte Marvel & DC. Retro Gamer. Conhecido no underground como Pai da Alice.

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