Crítica | Pokémon: Eu Escolho Você

Criada em 1995, a franquia Pokémon já está há mais de 20 anos angariando fãs de diversas gerações e alimentando uma paixão que vem desde a infância de muitos adultos. Com diversos games, uma longeva série, jogos de cartas, mangás e tantas outras coisas, Pokémon possui um legado extremamente significante que ainda deve continuar a tocar jovens e adultos por muito tempo.

Com 20 anos de existência, não é surpresa que Pokémon seja um objeto de nostalgia para muitos. Assim, não é nenhuma surpresa que este tenha sido foco principal em Pokémon: Eu Escolho Você, novo filme da franquia. O filme, que reconta a história de origem de Ash Ketchum com algumas novidades, traz de volta diversas histórias que marcaram aqueles que acompanharam o anime de Pokémon desde o início, porém o filme adiciona diversos elementos que foram inseridos à mitologia da série ao longo deste vinte anos, resultando em uma ótima fusão do Pokémon “Old School” com o moderno.

Dentre as novidades na história, estão a inclusão de Pokémon de diversas gerações no início da jornada e os novos companheiros de jornada de Ash, Verity e Sergio, que tomam o lugar dos célebres Brock e Misty. O trio se encontra logo no início da jornada, onde irão reviver momentos já conhecidos no animes e uma aventura ainda inédita.

A trama de Eu Escolho Você não é ambiciosa, o que deixa ainda mais evidente que o objetivo do longa é prestar homenagem ao legado da franquia e despertar a nostalgia dentro de um público, sem perder a oportunidade de apresentar este vasto mundo para uma plateia que possa não conhecer.

Em busca do lendário Ho-oh, puxando um momento onde Ash avista o pokémon voando nos primeiros episódios do anime, o filme encontra a sua linha para tocar o enredo. Simples e direto, o roteiro do filme nos leva adiante sem tentar tornar o longa complexo, o que apesar de deixar tudo muito raso torna um filme muito leve de se assistir.

Algo que não poderia faltar em um filme como este são os easter eggs que estão espalhados pelo filme. Seja em uma transição de ângulo que remete aos jogos, ou cenas tiradas diretamente dos games, ou até mesmo referências a outros elementos da mitologia de Pokémon, o filme está absolutamente recheado de easter eggs para os olhos mais atentos. Alguns até devem deixar os jogadores mais antigos com uma pulga atrás da orelha.

A Equipe Rocket, que sempre foi um elemento marcante na série está presente no longa. Contudo, a participação da equipe é subaproveitada e em nada acrescenta à trama, ficando apenas como easter egg.

Pokémon: Eu Escolho Você cumpre o seu maior objetivo com maestria, despertar a nostalgia e nos lembrar o quão vasto é o universo de Pokémon. Com uma aventura leve e divertida, sem muita ambição, o filme não busca acrescentar elementos novos nem se tornar um ícone, mas sim nos lembrar de algo que amamos há 20 anos e devemos continuar acompanhando por mais algumas décadas.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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