Crítica | A Era do Gelo: O Big Bang

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O novo filme da Era do Gelo chega aos cinemas no dia 07 de julho (HOJE). Este é o quinto filme de franquia.

A franquia Era do Gelo vem conquistando diversos fãs das mais variadas idades desde 2002, quando lançou seu primeiro filme. Já assistimos os personagens vencerem o degelo, dinossauros e até mesmo piratas. Agora, nessa quinta aventura de Sid, Manny e Diego, a temática é o universo, mais específicamente, um acidente espacial.

Como é praxe em todos os filmes da Era do Gelo, toda vez que acontece algo de errado  temos os foucinho de Scrat em busca de alguma noz, afinal #ésempreculpadoscrat. Dessa vez, a perseguição pela noz o levou para o universo, onde ele acidentalmente desencadeia uma série de eventos cósmicos que ameaçam a sobrevivência da vida na Terra. Nada tão grave quanto um asteroide gigante vindo em direção à Terra. Besteira, coisa pouca!

É unanimidade que as cenas de perseguição da noz pelo Scrat são os pontos altos dos filmes. São cenas hilárias, com ótimas tiradas que sempre levam o público às gargalhadas. Scrat aparece sempre nas primeiras e últimas cenas, saudando e  se despedindo, afinal ele é o anfitrião dos filmes. Eu, particularmente não consigo esconder meu favoritismo por essa criaturinha.

Nesse filme, as cenas do Scrat, apesar de cômicas, não foram tão originais. No universo tão rico como o universo espacial, coisas maiores poderiam ser exploradas. Mas, ainda assim, contamos com a presença do segundo pelotão de risadas: Sid, Crash e Eddie (os pequeninos irmãos gambás) e a Vovó,  que cumprem seu dever e nos divertem durante a trama.

O personagem que leva destaque nesse filme da franquia já é conhecido do público desde a Era do Gelo 3 no mundo dos dinossauros: Buck. Sim, a doninha caolha aparece nesse quinto filme e rouba a cena. Com seu jeito aloprado, ele é o mentor da solução dos problemas, trazendo à tona, com seu jeito aloprado de ser, diversos conhecimentos sobre física, eletromagnetismo e geologia. O público geek vai pegar uma referência extraordinária. Sem spoilers, mas uma dica: Cosmos.

O filme segue a linha do anterior e desenvolve as relações do núcleo familiar de Manny, Ellie e Amora. Contudo, senti que o casal Diego e Shira foi deixado de lado, sobretudo quanto às suas habilidades e aptidão física na horas de ação do filme.

Um grande problema do filme se encontra na repetição da trajetória de todos os outros filmes anteriores: problema + trabalho em equipe = sucesso. É sabido que os filmes de animação não fogem muito a essa lógica, todavia o problema da Era do Gelo: O Big Bang é que nesse filme em particular, o telespectador não sente o anseio de que eles não vão conseguir, que eles vão falhar.  O desafio pode até ser considerado grande, é bem verdade, mas os obstáculos não tornam o filme tão emocionante. A construção dos “vilões” é superficial, não sendo grandes problemas para Manny e seu grupo. Assim fica evidente que a franquia vai enfraquecendo a medida que cai na mesmice e na repetição da chave do sucesso dos filmes anteriores, sem trazer, contudo, algo inovador.

O filme não é o melhor da franquia, mas atinge seu objetivo: é divertido, é engraçado e entretêm o público.

Se você ainda não assistiu o trailer, confere aqui embaixo:

 

 

 

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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